Notícia
Gisele Bicaletto
- Publicado em
04-04-2025
13:00
Pesquisa avalia terapias para sintomas pós-Covid
Uma pesquisa realizada no Laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar (Lacap), do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar, está convidando pessoas que tiveram Covid-19 e ainda têm sintomas persistentes da doença, como falta de ar e fadiga, dentre outros que afetam a qualidade de vida. O estudo é conduzido por Paula Ricci e Nelson Serrão, sob orientação de Audrey Borghi Silva, docente do DFisio.
Ricci explica que o objetivo do estudo é avaliar os efeitos de cinco semanas de um treinamento composto por eletroestimulação de corpo inteiro (EENMC) associada ao exercício físico na capacidade funcional, função endotelial e controle autonômico da frequência cardíaca. "Além disso, também objetivamos avaliar os efeitos desse treinamento na composição corporal e na resposta dos marcadores inflamatórios sanguíneos", complementa.
De acordo com a pesquisadora, a técnica de exercício utilizada na pesquisa é inovadora. A EENMC atua com uma ativação simultânea de uma área total de 2.800 cm² (como coxas, braços, nádegas, abdômen, peitoral, costas, grande dorsal, parte superior e inferior das costas). Ela afirma que essa técnica é capaz de atuar beneficamente, por exemplo, na composição corporal, quando a aplicação de técnicas convencionais de exercício é contraindicada ou não atraente para o paciente, visto as dificuldades enfrentadas no processo de recuperação. "Portanto, parece factível supor que para pacientes, no período pós-Covid-19, tal técnica seria particularmente interessante quando associada ao exercício, conhecendo os prováveis benefícios nos desfechos de fadiga e fraqueza muscular, melhorando a força e capacidade de exercício esperadas com a técnica, sem, no entanto, exigir consideráveis esforços físicos e consequentes sintomas durante a reabilitação que afetam a intensidade alvo de exercício", destaca.
A Covid longa, ou pós-Covid, se manifesta quando a pessoa continua a ter os sintomas mesmo após o fim do período de infecção. Entre 10% a 20% das pessoas infectadas pela Covid-19 apresentam sintomas de Covid longa, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde. Diante disso, a expectativa do estudo é dispor de um novo método de reabilitação nessa população uma vez que eles frequentemente apresentam sintomas persistentes e incapacitantes. "Na prática, além de tentar viabilizar através do exercício a minimização dos sintomas, principalmente àqueles de origem respiratória e/ou motora, estaremos contribuindo para o avanço científico sobre a utilização da EENMC nesta população uma vez que não há ainda protocolos testados nesse grupo. Adicionalmente, conseguiremos observar se um protocolo que envolve exercícios duas vezes na semana é eficaz na avaliação dos desfechos de interesse", relata Ricci.
Voluntários
Para desenvolver o estudo, são convidadas pessoas entre 18 e 75 anos que positivaram para Covid-19 e que ainda apresentam sintomas/sequelas, sejam elas respiratórias ou motoras (cansaço para respirar, falta de ar, fadiga, fraqueza muscular). Os participantes farão visitas presenciais ao Lacap para avaliações e treinamentos. As pessoas interessadas em participar podem entrar em contato pelo telefone do Laboratório - (16) 3306-6704 - ou pelos whatsapps (16) 991072531 (Paula) e (16) 99421-0504 (Bárbara). Projeto de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 72822223.1.0000.5504).
Ricci explica que o objetivo do estudo é avaliar os efeitos de cinco semanas de um treinamento composto por eletroestimulação de corpo inteiro (EENMC) associada ao exercício físico na capacidade funcional, função endotelial e controle autonômico da frequência cardíaca. "Além disso, também objetivamos avaliar os efeitos desse treinamento na composição corporal e na resposta dos marcadores inflamatórios sanguíneos", complementa.
De acordo com a pesquisadora, a técnica de exercício utilizada na pesquisa é inovadora. A EENMC atua com uma ativação simultânea de uma área total de 2.800 cm² (como coxas, braços, nádegas, abdômen, peitoral, costas, grande dorsal, parte superior e inferior das costas). Ela afirma que essa técnica é capaz de atuar beneficamente, por exemplo, na composição corporal, quando a aplicação de técnicas convencionais de exercício é contraindicada ou não atraente para o paciente, visto as dificuldades enfrentadas no processo de recuperação. "Portanto, parece factível supor que para pacientes, no período pós-Covid-19, tal técnica seria particularmente interessante quando associada ao exercício, conhecendo os prováveis benefícios nos desfechos de fadiga e fraqueza muscular, melhorando a força e capacidade de exercício esperadas com a técnica, sem, no entanto, exigir consideráveis esforços físicos e consequentes sintomas durante a reabilitação que afetam a intensidade alvo de exercício", destaca.
A Covid longa, ou pós-Covid, se manifesta quando a pessoa continua a ter os sintomas mesmo após o fim do período de infecção. Entre 10% a 20% das pessoas infectadas pela Covid-19 apresentam sintomas de Covid longa, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde. Diante disso, a expectativa do estudo é dispor de um novo método de reabilitação nessa população uma vez que eles frequentemente apresentam sintomas persistentes e incapacitantes. "Na prática, além de tentar viabilizar através do exercício a minimização dos sintomas, principalmente àqueles de origem respiratória e/ou motora, estaremos contribuindo para o avanço científico sobre a utilização da EENMC nesta população uma vez que não há ainda protocolos testados nesse grupo. Adicionalmente, conseguiremos observar se um protocolo que envolve exercícios duas vezes na semana é eficaz na avaliação dos desfechos de interesse", relata Ricci.
Voluntários
Para desenvolver o estudo, são convidadas pessoas entre 18 e 75 anos que positivaram para Covid-19 e que ainda apresentam sintomas/sequelas, sejam elas respiratórias ou motoras (cansaço para respirar, falta de ar, fadiga, fraqueza muscular). Os participantes farão visitas presenciais ao Lacap para avaliações e treinamentos. As pessoas interessadas em participar podem entrar em contato pelo telefone do Laboratório - (16) 3306-6704 - ou pelos whatsapps (16) 991072531 (Paula) e (16) 99421-0504 (Bárbara). Projeto de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 72822223.1.0000.5504).
