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Gisele Bicaletto - Publicado em 19-09-2024 13:00
Ações de extensão promovem aproximação de alunos de Itapetininga
Estudantes produzem sabonete durante oficina com a profa. Andreia Matos (Foto: Acervo pessoal)
Estudantes produzem sabonete durante oficina com a profa. Andreia Matos (Foto: Acervo pessoal)
Aproximar a universidade de alunos de escolas públicas da cidade de Itapetininga (SP), mostrar a importância da educação a esses estudantes e que a Ciência é algo presente no dia a dia e na vida das pessoas. Esses são os objetivos principais do projeto de extensão, coordenado pela professora Andreia Pereira Matos, docente do Centro de Ciências da Natureza (CCN), do Campus Lagoa do Sino da UFSCar, ligado ao Projeto CASA de Itapetininga. As ações de extensão tiveram início em 2023 e já promoveram aulas, práticas em laboratório, apresentação de vídeos sobre o Campus e sobre os cursos do CCN para os estudantes do Ensino Médio atendidos pelo CASA.

O Centro de Apoio Social ao Adolescente (CASA), realizado em Itapetininga, atende adolescentes em situação de vulnerabilidade social, e atua há muitos anos na cidade atendendo alunos em contraturno do período escolar. Os alunos têm uma série de atividades como aulas de hapkido, música, artes, educação física, computação, mas nunca haviam feito aulas de laboratório de Ciências. "Eles são de várias escolas públicas municipais e estaduais. Iniciamos pensando em focar nas meninas, no entanto, percebi que todos os alunos precisam deste apoio. Minhas aulas são abertas para todos que quiserem assistir", explica a professora da UFSCar.

Além da coordenação da professora Andreia Matos, a equipe da Universidade tem a participação de outros docentes e de estudantes de diferentes cursos do CCN. "Durante o ano passado foram realizadas várias atividades, nós selecionamos experimentos de Ciências e realizamos um por mês, além de apresentarmos vídeos sobre o Campus Lagoa do Sino e os seus cursos. Os alunos adoram, eles ficam fascinados, são super participativos, me ajudam a realizar as atividades, é um dia de grande alegria para mim e para eles", celebra a docente. Dentre as atividades, são realizadas aulas experimentais em laboratório, oficinas de preparação de sabonetes artesanais, sais de banho e participação em eventos da Universidade, com o objetivo de consolidar a parceria universidade-escola.

"A universidade ainda está muito distante das escolas, precisamos nos envolver, conhecer esses alunos, mostrar que a universidade pública é uma opção para eles e que queremos recebê-los", pontua Andreia Matos. No entanto, ela acredita que trabalhar com esses jovens é uma forma de aproximá-los da universidade e estimulá-los a ingressarem no Ensino Superior. "Trabalhar com esses jovens é algo que me faz muito bem, acredito que isso é um dever já que eu recebi a oportunidade de estudar em uma universidade pública, é uma sensação de alegria e realização, faço com muito amor", conclui Matos.