Notícia
Mariana Pezzo
- Publicado em
12-04-2023
15:40
UFSCar debate prevenção da violência nas escolas
Diante dos ataques ao ambiente escolar vivenciados no Brasil nos últimos dias e, de outro lado, da circulação crescente de mensagens cujo objetivo é, claramente, instalar pânico e, assim, reforçar medidas que desacreditam escolas e outras instituições educacionais como ambiente de socialização, a UFSCar realiza, na próxima quarta-feira (19/4), a partir das 9 horas, debate intitulado "Como prevenir a violência nas escolas?". O evento, que será realizado online - no canal UFSCar Oficial no YouTube -, prevê a participação do público através do espaço de comentários, para que profissionais de Educação - gestores, professores e outros - e responsáveis por crianças e jovens em idade escolar possam apresentar suas dúvidas e expressar preocupações.
O objetivo é, pela participação de cientistas que estudam diferentes aspectos da violência na Educação, permitir reflexões e subsídios a ações mais abrangentes que medidas em curto prazo relacionadas à militarização da segurança escolar e, também, que podem levar ao desmonte de projetos de educação libertadora. Para tanto, já estão confirmadas as participações de Zilda Aparecida Pereira Del Prette, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFSCar, e Antonio Alvaro Soares Zuin, docente no Departamento de Educação. Também participa a Vice-Reitora da UFSCar, Maria de Jesus Dutra dos Reis. O evento é organizado pelo Instituto da Cultura Científica (ICC) da Universidade.
Zilda Del Prette é referência na pesquisa sobre relações interpessoais e habilidades sociais e, recentemente, lançou pela EdUFSCar o livro "Habilidades sociais e desenvolvimento socioemocional na escola: manual do professor". A obra aborda, dentre outros tópicos, práticas de habilidades de mediação pedagógica para o ensino efetivo e interativo, suporte socioemocional, importância de feedbacks positivos, prevenção e combate ao bullying e melhoria na relação com família e comunidade. Antonio Zuin pesquisa diferentes fenômenos relacionados à violência em ambientes escolares há mais de 20 anos, olhando para temáticas como o trote na universidade e o bullying. Recentemente, lançou, também pela EdUFSCar, o livro "Fúria narcísica entre alunos e professores - as práticas de cyberbullying entre alunos e contra professores".
Segurança na UFSCar
"A organização deste debate visa não apenas permitir que, internamente, tomemos as melhores decisões com base no conhecimento que já temos acumulado na Universidade, mas também representa a busca de contribuir com a sociedade em um momento tão difícil e delicado", avalia a Reitora da UFSCar, Ana Beatriz de Oliveira. "Também temos participado desse debate nacionalmente, conversando com os demais dirigentes, e buscando caminhos em médio e longo prazos. Em curto prazo, estamos atentos, acompanhando a situação nos campi da UFSCar e, além de medidas já existentes, como os serviços de segurança, câmeras de vigilância e canais para denúncias, estamos preparados para intensificar essas ações e implementar outras se detectada a necessidade", complementa.
"O medo das pessoas é compreensível, mas espalhar o pânico não vai ajudar. Precisamos focar em soluções, na prevenção, para não servirmos de apoio à propagação de mensagens cujo único objetivo é provocar ainda mais violência. Falar dos ataques em grupos de WhatsApp, por exemplo, não colabora. Em caso de preocupação e risco reais, as denúncias precisam ser feitas pelas vias adequadas", acrescenta a Vice-Reitora. Na UFSCar, por exemplo, esse encaminhamento pode ser feito via Ouvidoria e, caso pertinente, também com registro de Boletim de Ocorrência junto aos órgãos de segurança pública competentes.
"Para além dessas providências mais imediatas, é importante que reiteremos nosso compromisso com a educação como meio primordial de transformação social e com a reconstrução e consolidação de uma cultura de paz no Brasil. Não é por acaso que vivemos este momento tão grave e triste, e a UFSCar pode e deve se erguer, unida, para ajudar o País a atravessar mais esta crise", conclui a Reitora.
O objetivo é, pela participação de cientistas que estudam diferentes aspectos da violência na Educação, permitir reflexões e subsídios a ações mais abrangentes que medidas em curto prazo relacionadas à militarização da segurança escolar e, também, que podem levar ao desmonte de projetos de educação libertadora. Para tanto, já estão confirmadas as participações de Zilda Aparecida Pereira Del Prette, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFSCar, e Antonio Alvaro Soares Zuin, docente no Departamento de Educação. Também participa a Vice-Reitora da UFSCar, Maria de Jesus Dutra dos Reis. O evento é organizado pelo Instituto da Cultura Científica (ICC) da Universidade.
Zilda Del Prette é referência na pesquisa sobre relações interpessoais e habilidades sociais e, recentemente, lançou pela EdUFSCar o livro "Habilidades sociais e desenvolvimento socioemocional na escola: manual do professor". A obra aborda, dentre outros tópicos, práticas de habilidades de mediação pedagógica para o ensino efetivo e interativo, suporte socioemocional, importância de feedbacks positivos, prevenção e combate ao bullying e melhoria na relação com família e comunidade. Antonio Zuin pesquisa diferentes fenômenos relacionados à violência em ambientes escolares há mais de 20 anos, olhando para temáticas como o trote na universidade e o bullying. Recentemente, lançou, também pela EdUFSCar, o livro "Fúria narcísica entre alunos e professores - as práticas de cyberbullying entre alunos e contra professores".
Segurança na UFSCar
"A organização deste debate visa não apenas permitir que, internamente, tomemos as melhores decisões com base no conhecimento que já temos acumulado na Universidade, mas também representa a busca de contribuir com a sociedade em um momento tão difícil e delicado", avalia a Reitora da UFSCar, Ana Beatriz de Oliveira. "Também temos participado desse debate nacionalmente, conversando com os demais dirigentes, e buscando caminhos em médio e longo prazos. Em curto prazo, estamos atentos, acompanhando a situação nos campi da UFSCar e, além de medidas já existentes, como os serviços de segurança, câmeras de vigilância e canais para denúncias, estamos preparados para intensificar essas ações e implementar outras se detectada a necessidade", complementa.
"O medo das pessoas é compreensível, mas espalhar o pânico não vai ajudar. Precisamos focar em soluções, na prevenção, para não servirmos de apoio à propagação de mensagens cujo único objetivo é provocar ainda mais violência. Falar dos ataques em grupos de WhatsApp, por exemplo, não colabora. Em caso de preocupação e risco reais, as denúncias precisam ser feitas pelas vias adequadas", acrescenta a Vice-Reitora. Na UFSCar, por exemplo, esse encaminhamento pode ser feito via Ouvidoria e, caso pertinente, também com registro de Boletim de Ocorrência junto aos órgãos de segurança pública competentes.
"Para além dessas providências mais imediatas, é importante que reiteremos nosso compromisso com a educação como meio primordial de transformação social e com a reconstrução e consolidação de uma cultura de paz no Brasil. Não é por acaso que vivemos este momento tão grave e triste, e a UFSCar pode e deve se erguer, unida, para ajudar o País a atravessar mais esta crise", conclui a Reitora.