Notícia
Fabricio Mazocco
- Publicado em
12-04-2023
15:30
Livro da EdUFSCar aborda o amarelinho da cana-de-açúcar
Na década de 90, uma suposta doença da cana-de-açúcar (amarelinho da cana-de-açúcar) deixou os produtores dessa cultura no Brasil preocupados. Na época, o pesquisador Sizuo Matsuoka, do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UFSCar, refutou a teoria de que se tratava de uma doença. Toda essa história científica está contada no livro "Amarelinho da cana-de-açúcar - uma síndrome e não uma doença", de autoria de Matsuoka e publicado pela Editora da UFSCar (EdUFSCar).
O pesquisador recorda que, em 1992, uma variedade da cana-de-açúcar, com seu cultivo em expansão, manifestou um amarelecimento foliar, cuja coloração se intensificava à medida que se avançava no tempo. No ano seguinte, novamente se repetiu a mesma situação. A hipótese, levantada na época por técnicos, pesquisadores e produtores era da existência de uma nova doença. "Foi, então, feita uma reunião técnica na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), com muitos especialistas presentes. No debate, disse que não se tratava de uma doença, mas, sim, de um problema fisiológico ligado a equívocos de manejo da cultura. Obviamente que a plateia saiu simplesmente ignorando a minha colocação", contou.
O assunto continuou fervilhando e Matsuoka seguiu defendendo sua tese. Continuou fazendo pesquisas para mostrar que o problema era da variedade e orientou uma dissertação de mestrado com resultados importantes sobre o tema. "Continuei minhas pesquisas até 2002 e em 2003 me aposentei na UFSCar. Cuidei de outros assuntos. Acontece que, antes mesmo da aposentadoria, já tinha feito um boneco do livro, embora muito preliminar, e o assunto ficou latente em minha cabeça. Assim resolvi retomar o livro", explicou o autor.
Segundo Matsuoka, a publicação tem como objetivo deixar registrado que na ciência é preciso que se faça uma análise integral de um problema e não seguir o caminho mais fácil. "Ao retomar o tema 20 anos depois, descobri que esse tema foi o mais estudado nos últimos 30 anos em cana-de-açúcar, especialmente na área de biologia molecular. Imagine o trabalho que me deu dissecar todos esses trabalhos e apontar neles as incongruências", relatou. E continua: "O livro ainda traz a conclusão de que o amarelinho não é uma doença, e, sim, uma síndrome, ou seja, de múltiplas causas ligadas à fisiologia da planta e seu manejo, e que os cientistas muitas vezes seguem um caminho equivocado."
O livro pode ser adquirido no site da EdUFSCar.
O pesquisador recorda que, em 1992, uma variedade da cana-de-açúcar, com seu cultivo em expansão, manifestou um amarelecimento foliar, cuja coloração se intensificava à medida que se avançava no tempo. No ano seguinte, novamente se repetiu a mesma situação. A hipótese, levantada na época por técnicos, pesquisadores e produtores era da existência de uma nova doença. "Foi, então, feita uma reunião técnica na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), com muitos especialistas presentes. No debate, disse que não se tratava de uma doença, mas, sim, de um problema fisiológico ligado a equívocos de manejo da cultura. Obviamente que a plateia saiu simplesmente ignorando a minha colocação", contou.
O assunto continuou fervilhando e Matsuoka seguiu defendendo sua tese. Continuou fazendo pesquisas para mostrar que o problema era da variedade e orientou uma dissertação de mestrado com resultados importantes sobre o tema. "Continuei minhas pesquisas até 2002 e em 2003 me aposentei na UFSCar. Cuidei de outros assuntos. Acontece que, antes mesmo da aposentadoria, já tinha feito um boneco do livro, embora muito preliminar, e o assunto ficou latente em minha cabeça. Assim resolvi retomar o livro", explicou o autor.
Segundo Matsuoka, a publicação tem como objetivo deixar registrado que na ciência é preciso que se faça uma análise integral de um problema e não seguir o caminho mais fácil. "Ao retomar o tema 20 anos depois, descobri que esse tema foi o mais estudado nos últimos 30 anos em cana-de-açúcar, especialmente na área de biologia molecular. Imagine o trabalho que me deu dissecar todos esses trabalhos e apontar neles as incongruências", relatou. E continua: "O livro ainda traz a conclusão de que o amarelinho não é uma doença, e, sim, uma síndrome, ou seja, de múltiplas causas ligadas à fisiologia da planta e seu manejo, e que os cientistas muitas vezes seguem um caminho equivocado."
O livro pode ser adquirido no site da EdUFSCar.