Notícia
Analice Gaspar Garcia
- Publicado em
25-01-2023
17:35
Campanha Transformação pela inclusão e diversidade é lançada na UFSCar
A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) lançou a campanha "Transformação", composta por uma série de iniciativas com o objetivo de dar visibilidade às pessoas transexuais e transgênero da comunidade acadêmica, fomentar a inclusão, além de promover reflexões e ações que possam melhorar a qualidade de vida desta população ao longo de sua permanência na Universidade, seja estudando ou atuando pelo serviço público federal. As iniciativas educativas e demais ações para evidenciar a presença de pessoas trans na Universidade serão desenvolvidas ao longo de todo ano.
A campanha "Transformação" foi lançada na primeira reunião do Conselho Universitário (ConsUni) de 2023, quando Ângela Lopes foi a primeira pessoa trans empossada como integrante do ConsUni, maior órgão deliberativo da Instituição, em mais de 50 anos de história da Universidade. A posse foi transmitida pelo Canal Oficial da UFSCar no Youtube. "Evidente que me sinto honrada de ser a primeira pessoa trans a compor o ConsUni. Junto com isso, vem o peso da responsabilidade e da obrigação de incitar mudanças. Minha presença, mulher trans, neste conselho, por si só é elemento de transformação, promove reflexões e evoca a necessidade de mudanças. Pretendo agir com a mesma seriedade e comprometimento que sempre agi em todas as áreas da minha vida", declarou Ângela.
De acordo com a professora Ana Beatriz de Oliveira, Reitora da UFSCar e presidente do ConsUni, a indicação de Ângela como representante da comunidade externa foi encaminhada tendo em vista o compromisso em garantir representatividade e diversidade nos mais diferentes níveis da Universidade. "Somente desta forma, com a participação de todas e todos que juntos e juntas formam a sociedade brasileira, faremos construções sólidas de um país mais justo e menos desigual. A aprovação da indicação da Ângela por unanimidade mostra que a gestão está sintonizada com os anseios da comunidade. A participação dela nas discussões vindouras dará visibilidade a um grupo de pessoas atualmente sub-representado. Que possamos seguir em busca de equidade nas mais diferentes representações sociais", afirmou a Reitora.
Infelizmente, o Brasil continua sendo o país que mais mata pessoas transgênero, transexuais e travestis do mundo. Segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), 140 pessoas trans foram assassinadas em 2021. Além disso, a naturalização da marginalização dessa população é uma realidade nacional, com a grande parte de transexuais, transgêneros e travestis vivendo em condições de exclusão social, com pouco acesso a educação, saúde, emprego formal e políticas públicas que atendam às suas necessidades. De acordo com Ângela Lopes, passa pela universidade pública, gratuita e de qualidade, mudar essa realidade.
"O acesso à educação é fundamental para resgatar a cidadania, a dignidade e para as pessoas trans terem a possibilidade de reescrever suas histórias, numa sociedade que as subjuga à condição de desumanidade. A UFSCar tem sido um espaço de acolhimento para aqueles que desejam construir novas perspectivas. As pessoas trans são instrumentos potentes de criação em todas as áreas em que se inserem. É necessário que se desenvolvam políticas e ações que naturalizem a presença dessas pessoas", afirma.
Ainda na mesma reunião, como parte da campanha "Transformação", foi lançado o primeiro vídeo de uma série de depoimentos de estudantes trans, servidores trans e demais integrantes trans da comunidade acadêmica da UFSCar, além de profissionais trans formados na Universidade. O conteúdo está disponível nos canais oficiais da UFSCar no Instagram, no Youtube, no Facebook, no Linkedin, no Twitter e no próprio Portal da UFSCar. Nestes mesmos canais, nos próximos dias, será lançada uma outra série de vídeos, educativos, sobre "Sexualidade e Gênero", na qual serão abordadas as diferenças entre os dois assuntos, além de esclarecimentos sobre o que é cisgênero, transgênero, transexuais, travestis, não bináries e intersexuais. Questões como o direito ao nome social, ao uso do banheiro, assim como a história do movimento LGBTQIAPN+, também estão dentro os tópicos que serão tratados.
Feira de VisibilidadeJá para celebrar o Dia Nacional da Visibilidade Trans (29/1), acontece nesta sexta-feira, dia 27 de janeiro, a 1ª Feira da Visibilidade Trans e Travesti da UFSCar. A programação do evento, protagonizado e produzido por pessoas trans, traz apresentações culturais, com música, dança, poesia, exposições artísticas e de fotografias e muito mais. A Feira, que tem o apoio do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-Administrativos da UFSCar (SintUFSCar), começa a partir das 16 horas na Área de Convivência (Palquinho), área Sul do Campus São Carlos da UFSCar. A participação é gratuita. O evento é promovido pelo Grupo de Trabalho (GT) "Transformar", criado em 2022 por estudantes trans, servidoras e servidores trans, e outras pessoas trans da comunidade universitária da UFSCar. O coletivo, que se caracteriza como espaço de acolhimento e articulações, tem levantado dados, realizado debates e ações em torno das demandas e das necessidades relacionadas à permanência estudantil, promoção da saúde integral e cumprimento de direitos, dentre outros temas.
A campanha "Transformar" é promovida pela UFSCar em conjunto com o GT Transformar, com o apoio da Secretaria Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE) da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (ProACE), da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS), do Instituto da Cultura Científica (ICC) e do Núcleo de Apoio a Indissociabilidade de Inovação, Pesquisa, Ensino e Extensão (NAIIPEE) da Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FAI) da UFSCar. Mais informações serão divulgadas, em breve, no Portal da UFSCar.
A campanha "Transformação" foi lançada na primeira reunião do Conselho Universitário (ConsUni) de 2023, quando Ângela Lopes foi a primeira pessoa trans empossada como integrante do ConsUni, maior órgão deliberativo da Instituição, em mais de 50 anos de história da Universidade. A posse foi transmitida pelo Canal Oficial da UFSCar no Youtube. "Evidente que me sinto honrada de ser a primeira pessoa trans a compor o ConsUni. Junto com isso, vem o peso da responsabilidade e da obrigação de incitar mudanças. Minha presença, mulher trans, neste conselho, por si só é elemento de transformação, promove reflexões e evoca a necessidade de mudanças. Pretendo agir com a mesma seriedade e comprometimento que sempre agi em todas as áreas da minha vida", declarou Ângela.
De acordo com a professora Ana Beatriz de Oliveira, Reitora da UFSCar e presidente do ConsUni, a indicação de Ângela como representante da comunidade externa foi encaminhada tendo em vista o compromisso em garantir representatividade e diversidade nos mais diferentes níveis da Universidade. "Somente desta forma, com a participação de todas e todos que juntos e juntas formam a sociedade brasileira, faremos construções sólidas de um país mais justo e menos desigual. A aprovação da indicação da Ângela por unanimidade mostra que a gestão está sintonizada com os anseios da comunidade. A participação dela nas discussões vindouras dará visibilidade a um grupo de pessoas atualmente sub-representado. Que possamos seguir em busca de equidade nas mais diferentes representações sociais", afirmou a Reitora.
Infelizmente, o Brasil continua sendo o país que mais mata pessoas transgênero, transexuais e travestis do mundo. Segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), 140 pessoas trans foram assassinadas em 2021. Além disso, a naturalização da marginalização dessa população é uma realidade nacional, com a grande parte de transexuais, transgêneros e travestis vivendo em condições de exclusão social, com pouco acesso a educação, saúde, emprego formal e políticas públicas que atendam às suas necessidades. De acordo com Ângela Lopes, passa pela universidade pública, gratuita e de qualidade, mudar essa realidade.
"O acesso à educação é fundamental para resgatar a cidadania, a dignidade e para as pessoas trans terem a possibilidade de reescrever suas histórias, numa sociedade que as subjuga à condição de desumanidade. A UFSCar tem sido um espaço de acolhimento para aqueles que desejam construir novas perspectivas. As pessoas trans são instrumentos potentes de criação em todas as áreas em que se inserem. É necessário que se desenvolvam políticas e ações que naturalizem a presença dessas pessoas", afirma.
Ainda na mesma reunião, como parte da campanha "Transformação", foi lançado o primeiro vídeo de uma série de depoimentos de estudantes trans, servidores trans e demais integrantes trans da comunidade acadêmica da UFSCar, além de profissionais trans formados na Universidade. O conteúdo está disponível nos canais oficiais da UFSCar no Instagram, no Youtube, no Facebook, no Linkedin, no Twitter e no próprio Portal da UFSCar. Nestes mesmos canais, nos próximos dias, será lançada uma outra série de vídeos, educativos, sobre "Sexualidade e Gênero", na qual serão abordadas as diferenças entre os dois assuntos, além de esclarecimentos sobre o que é cisgênero, transgênero, transexuais, travestis, não bináries e intersexuais. Questões como o direito ao nome social, ao uso do banheiro, assim como a história do movimento LGBTQIAPN+, também estão dentro os tópicos que serão tratados.
Feira de VisibilidadeJá para celebrar o Dia Nacional da Visibilidade Trans (29/1), acontece nesta sexta-feira, dia 27 de janeiro, a 1ª Feira da Visibilidade Trans e Travesti da UFSCar. A programação do evento, protagonizado e produzido por pessoas trans, traz apresentações culturais, com música, dança, poesia, exposições artísticas e de fotografias e muito mais. A Feira, que tem o apoio do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-Administrativos da UFSCar (SintUFSCar), começa a partir das 16 horas na Área de Convivência (Palquinho), área Sul do Campus São Carlos da UFSCar. A participação é gratuita. O evento é promovido pelo Grupo de Trabalho (GT) "Transformar", criado em 2022 por estudantes trans, servidoras e servidores trans, e outras pessoas trans da comunidade universitária da UFSCar. O coletivo, que se caracteriza como espaço de acolhimento e articulações, tem levantado dados, realizado debates e ações em torno das demandas e das necessidades relacionadas à permanência estudantil, promoção da saúde integral e cumprimento de direitos, dentre outros temas.
A campanha "Transformar" é promovida pela UFSCar em conjunto com o GT Transformar, com o apoio da Secretaria Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE) da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (ProACE), da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS), do Instituto da Cultura Científica (ICC) e do Núcleo de Apoio a Indissociabilidade de Inovação, Pesquisa, Ensino e Extensão (NAIIPEE) da Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FAI) da UFSCar. Mais informações serão divulgadas, em breve, no Portal da UFSCar.