Notícia

Gisele Bicaletto - Publicado em 08-11-2022 09:30
Pesquisa relaciona composição corporal e disfunção do assoalho pélvico
Interessadas podem se manifestar até 1º de dezembro (Imagem: Reprodução)
Interessadas podem se manifestar até 1º de dezembro (Imagem: Reprodução)
Uma pesquisa de doutorado, realizada no Laboratório de Pesquisa em Saúde da Mulher (Lamu) da UFSCar, está avaliando a relação entre a composição corporal feminina (massa gorda, muscular e óssea) e as disfunções da musculatura do assoalho pélvico. Essa relação ainda não está comprovada, mas há indícios de que a obesidade, por exemplo, possa ser um fator de risco para o desenvolvimento dessas disfunções que podem prejudicar atividades diárias das mulheres. A ideia é que o estudo possa identificar fatores de risco ou de proteção, auxiliando na prevenção e no tratamento desses problemas.

O estudo é realizado pela doutoranda Ana Jéssica dos Santos Sousa, sob orientação de Patricia Driusso, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar e coordenadora do Lamu. O estudo busca voluntárias que receberão, gratuitamente, avaliação da função da musculatura do assoalho pélvico (MAP) e da composição corporal.

Dentre as disfunções mais comuns da MAP estão a incontinência urinária e fecal, disfunção sexual e prolapso e deslocamento de órgãos pélvicos. De acordo com a pesquisadora, a relação entre a composição corporal das mulheres e as disfunções do assoalho pélvico ainda não está comprovada, mas estudos apontam que a obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento desses problemas. "No entanto, não há pesquisas que indiquem qual é a quantidade de massa gorda que pode prejudicar a função da MAP", esclarece Ana Jéssica Sousa. A hipótese do atual estudo é que a concentração de massa gorda localizada na região pélvica e abdominal possa sobrecarregar a MAP prejudicando sua função - continência urinária e fecal, sustentação de órgãos pélvicos, função sexual e outras.

"As disfunções do assoalho pélvico impactam negativamente a qualidade de vida feminina, pois prejudicam a realização das atividades de vida diária e participação social dessas mulheres", descreve a doutoranda da UFSCar. A partir disso, a expectativa do estudo é que os resultados possibilitem a identificação de fatores de risco e/ou de proteção relacionados à composição corporal feminina, auxiliando na prevenção e tratamento dessas disfunções.

Para realizar o estudo, estão sendo convidadas mulheres com idade superior a 35 anos, que não estejam na menopausa, que não tenham mais de dois filhos e que não possuam implantes metálicos. As participantes passarão por avaliações presenciais no Lamu da UFSCar. As interessadas devem preencher este formulário eletrônico até o próximo dia 1º de dezembro. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 16464919.9.0000.5504).