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Gisele Bicaletto - Publicado em 05-04-2022 13:00
Pesquisa oferece avaliação e tratamento gratuitos para cólica menstrual
Problema atinge cerca de 50% das mulheres em alguma fase da vida (Foto: Pexels)
Problema atinge cerca de 50% das mulheres em alguma fase da vida (Foto: Pexels)

Uma pesquisa de doutorado, realizada no Laboratório de Pesquisa em Saúde da Mulher (Lamu) da UFSCar, está convidando voluntárias para estudo que utilizará a Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea para tratar a dor causada pela dismenorreia primária (cólica menstrual). As participantes receberão avaliação e tratamento gratuitos por seis meses. 

A pesquisa é realizada por Jéssica Rodrigues, no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da UFSCar, sob orientação de Patricia Driusso e Mariana Arias Avila, docentes do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Instituição. O objetivo central da pesquisa é avaliar o efeito da aplicação da Estimulação Nervosa Elétrica Transcutânea sobre a intensidade da dor em mulheres acometidas pela cólica menstrual e estimar o custo-efetividade e custo-utilidade do procedimento.

A cólica menstrual se caracteriza por uma dor pélvica provocada pela liberação de prostaglandina, substância que faz o útero contrair para eliminar o endométrio (camada interna do útero que cresce para nutrir o embrião), em forma de sangramento, durante a menstruação, quando o óvulo não é fecundado. Cerca de 50% das mulheres sentem cólicas menstruais em alguma fase da vida. A dismenorreia pode ser primária - quando a causa é o aumento na produção de prostaglandina pelo endométrio - ou secundária - quando resultante de alterações patológicas no aparelho reprodutivo. Para alívio da dor, algumas mulheres recorrem à prática de exercícios físicos, compressas quentes no local da dor, dietas ricas em fibras e, em alguns casos, uso de medicamentos anti-inflamatórios. 

De acordo com Jéssica Rodrigues, a Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea é um recurso fisioterapêutico analgésico utilizado para amenizar o desconforto provocado pela cólica menstrual. "O estudo é importante para, futuramente, apontar um tratamento não medicamentoso para amenizar o desconforto provocado pela cólica menstrual", avalia a pesquisadora quanto à importância do projeto. 

Para desenvolver o estudo, estão sendo convidadas mulheres, a partir de 18 anos, que tenham cólica menstrual e não tenham filhos. As participantes serão avaliadas e divididas, por sorteio, em três grupos: dois que serão tratados por eletroterapia e outro que receberá uma cartilha com orientações. As voluntárias devem residir em São Carlos e o acompanhamento da pesquisa será por seis meses.

Interessadas em participar da pesquisa devem preencher este formulário até o dia 31 de maio. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 16530619.3.0000.5504).